quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Raça - Somoieda

Samoieda (em russoSamoiedskaïa Sabaka) é uma raça canina oriunda da Rússia. De acordo com estudos, esta raça é uma das mais antigas, pois descende com pureza, dos cães que acompanharam as migrações das tribos dos samoiedas, que viviam na Sibéria e cujas origens remontam à Pré-História. Apesar de domesticado, é um cão que cumpre exemplarmente suas funções enquanto animal de utilidade, em particular como guardião. Levados à Inglaterra, destacam-sem em competições de exposição.


O Samoieda é um cão originário do norte da Rússia e da Sibéria. Considerado, dentro do mundo canino, como a raça mais bonita e elegante. Algumas características adornam sua beleza como seu "sorriso" - delineado por lábios levemente curvados para cima e seus olhos amendoados - que lhe conferem uma expressão amistosa. É uma raça sociável, que não exala odor, extremamente dócil e resistente - por isso considerado cão de trabalho. Enfim, é uma raça companheira e alegre.
No Brasil a raça foi introduzida em 1975 pelo Sr. Werner Degenhardt.
O Samoieda é uma raça primitiva. Três países foram importantes para a continuidade da raça: a Rússia (Sibéria), a Inglaterra e os Estados Unidos que se tornaram os principais criadores e protetores da raça.
Tribos nômades chamadas Samoyedos, que habitavam as estepes da Sibéria ártica, desde o mar Branco até o rio Ienissei criavam cães chamados Bjelkier (leia-se, bielker) que traduzido significa "cão branco que se reproduz branco". E por não permitir que seus cães cruzassem com lobos ou com os cães de outras tribos contribuíram para a fixação de um tipo único que se preservou quase sem modificações até os dias de hoje.
O papel dos cães Bjelkier na tribo, era pastorear e guardar os rebanhos de renas (caribu), puxar trenós, caçar e até mesmo aquecer as pessoas. Os cães conviviam estreitamente com os membros da tribo, que eram pessoas calmas, bondosas e sociáveis, características essas que se fixaram na raça.
A civilização ocidental conheceu o Samoieda através do oceanógrafo e explorador norueguês Fridtjof Nansen (1861-1930), que adquiriu 40 exemplares da raça, importados da Sibéria, e com eles realizou uma expedição à Groenlândia. Mas foi um cientista inglês chamado Ernest Kilburn-Scott o maior divulgador da raça no ocidente, foi Ernest quem levou o primeiro Samoieda (chamado Sabarka) para a Inglaterra, deu início à uma criação (Farnighan Kennel), estudou, estabeleceu um padrão da raça, apresentou-os em exposições,... e também foi Ernest que, em 1909, a fim de homenagear as tribos que desde os tempos primitivos os haviam criado, mudou o nome de Bjelkier para "Samoyede". O nome "Samoyede" foi aceito oficialmente pelo Kennel Clube somente em 1912, e foi alterado em 1923 para "Samoyed". Em português, Samoieda.
Já a chegada a América se deu de forma bastante interessante. A princesa Mercy d'Argentau (princesa de Montyglyon), em 1902 estava em St. Petersburg (Rússia) e se apaixonou por um "belíssimo cão branco que andava solto". O cão era Moustan, de propriedade do Grã Duque Michael, irmão do Czar Nicholas II. Relatos dizem que tendo presenciado a cena, o Grand Duque disse à princesa: "Parece que Moustan ficou encantado convosco", ao que ela teria respondido "Pagaria qualquer importância para ter um cão assim, mas sei muito bem que não está à venda". No dia seguinte, quando a princesa entrou no compartimento do comboio que a levaria de volta à Bélgica, se deparou com uma cesta enorme, enfeitada com rosas e orquídeas. Ao aproximar-se viu uma peluda cabeça branca aparecer por entre as flores. Era Moustan e em sua coleira tinha preso um cartão onde se podia ler "Moustan não está à venda. Nenhum preço poderia ser pago por ele, mas muito honrados ficaríamos os dois, se o aceitasse". Em 1904, Mercy d'Argentau emigrou para os Estados Unidos da América e levou com ela Moustan e três outros Samoiedas que tinha adquirido, passando a apresentá-los em exposições caninas americanas.
Os ingleses, tratavam o Samoieda como cão de companhia. Por isso, os Samoiedas ingleses acabaram por ser menores, com muito pêlo, mas a maior parte das vezes com pouco volume, a cabeça cônica, as orelhas menores e bem separadas... o que conhecemos hoje por "Samoieda tipo Urso". Já os americanos tinham o samoieda por cão de trabalho, e assim desenvolveram o "Samoieda tipo Lobo" com uma estrutura mais atlética e um físico mais potente, um movimento mais harmonioso e o passo mais alargado, a pelagem na quantidade adequada às suas funções, as orelhas mais juntas, o crânio mais estreito, o focinho mais comprido e a cabeça globalmente menos cônica.
APARÊNCIA GERAL: de tamanho médio, elegante, um Spitz Ártico branco. Sua aparência dá a impressão de força, resistência, graça, agilidade, dignidade e segurança. A expressão chamada “sorriso do Samoieda” é formada pela combinação da forma dos olhos com sua posição, e os cantos da boca ligeiramente curvados para cima. O sexo deve estar claramente definido.
PROPORÇÕES IMPORTANTES: o comprimento do corpo é aproximadamente 5% maior do que a sua altura na cernelha. A profundidade do corpo é ligeiramente menor do que a metade da altura na cernelha. O focinho é aproximadamente do mesmo comprimento que o crânio.
COMPORTAMENTO / TEMPERAMENTO: amigável, aberto, alerta e cheio de vida. O instinto de caça é muito leve. Nunca tímido ou agressivo. Muito social e não pode ser usado como cão de guarda.
CABEÇA: poderosa e cuneiforme.
REGIÃO CRANIANA:
Crânio: visto de frente e de perfil, é ligeiramente covexo. Largo entre as orelhas. Sulco entre os olhos ligeiramente visível.
Stop: claramente definido, mas não muito proeminente.
REGIÃO FACIAL:
Trufa: bem desenvolvida; de preferência preta. Durante alguns períodos do ano, a pigmentação da trufa pode ficar mais clara, o assim chamado “nariz de neve”. Ela sempre deve ser escura em sua borda.
Focinho: forte e profundo; de comprimento quase igual ao do crânio, afilando gradualmente até a trufa; nem pontudo nem pesado ou quadrado. Cana nasal reta.
Lábios: bem aderentes e cheios. A linha dos lábios é levemente recurvada nas comissuras, criando o característico “sorriso do samoieda”.
Maxilares / Dentes: regular e completa mordedura em tesoura. Dentes e maxilares fortes. Dentição normal.
Olhos: marrom escuros, bem inseridos nas órbitas, colocados separados, ligeiramente oblíquos e de forma amendoada. A expressão é “sorridente”, gentil, alerta e inteligente.
Pálpebras bem pigmentadas de negro.
Orelhas: eretas, mais para pequenas, triangulares, espessas e ligeiramente arredondadas nas pontas. Devem ter mobilidade; inseridas altas; devido à largura do crânio, bem separadas.
PESCOÇO: forte, de comprimento médio e de porte orgulhoso.
TRONCO: de comprimento ligeiramente maior que sua altura na cernelha; profundo e compacto, porém flexível.
Cernelha: claramente definida.
Dorso: de comprimento médio, musculoso e reto; nas fêmeas, ligeiramente mais longo que nos machos.
Lombo: curto, muito forte e definido.
Garupa: cheia, forte, musculosa e levemente oblíqua.
Peito: largo, profundo e longo, alcançando quase os cotovelos. Costelas bem arqueadas.
Linha inferior: moderadamente esgalgada.
CAUDA: inserida alta. Em atenção ou em movimento, é portada curvada para a frente sobre o dorso ou de lado; em repouso, quando portada pendente, chega a alcançar o nível dos jarretes.
MEMBROS ANTERIORES:
Aparência Geral: bem colocados, musculosos e de ossatura forte. Vistos de frente, retos e paralelos.
Ombros: longos, firmes e oblíquos.
Braços: oblíquos e bem ajustados ao corpo; aproximadamente tão longos quanto os ombros.
Cotovelos: bem ajustados ao corpo.
Carpos: fortes, mas flexíveis.
Metacarpos: ligeiramente oblíquos.
Patas: ovais com dedos longos, flexíveis e bem direcionados para a frente. Dedos arqueados são fortes e flexíveis.
POSTERIORES:
Aparência geral: vistos por trás, apresentam-se aprumados, paralelos e fortemente musculosos.
Coxas: de tamanho médio, largas e musculosas.
Jarretes: descidos e bem angulados.
Joelhos: bem angulados.
Metatarsos: curtos, fortes, verticais e paralelos.
Patas: como as anteriores, os ergôs devem ser removidos.
MOVIMENTAÇÃO: poderosa, livre, aparentemente incansável, com bom alcance. Boa propulsão dos posteriores.
PELAGEM:
Pêlo: profuso, espesso; densa pelagem polar. O Samoieda é um cão com pelagem dupla, com subpêlo curto, macio e denso. O pêlo de cobertura é mais longo, mais áspero e reto. O pêlo forma uma juba em torno do pescoço e sobre os ombros, emoldurando a cabeça, principalmente, nos machos. Na cabeça e nas partes dianteiras, o pêlo é mais curto e macio. Na face externa das orelhas, o pêlo é curto, reto e macio.
O interior das orelhas é bem forrado. Na parte traseira das coxas, o pêlo forma um culote. Nos espaços interdigitais, encontram-se os pêlos de proteção. A cauda é abundantemente revestida. Nas fêmeas, a pelagem é freqüentemente mais curta e de textura mais suave do que nos machos. A correta textura da pelagem deve sempre ter um especial lustre brilhante.
COR: branco puro, creme ou branco com biscoito (a cor de fundo deve ser branca com ligeiras marcas biscoito). Jamais deve dar a impressão de ser bege.
TAMANHO:
Altura na cernelha: machos de 57 cm com tolerância de +/- 3 cm. fêmeas de 53 cm com tolerância de +/- 3 cm.
FALTAS: qualquer desvio dos termos deste padrão deve ser considerado como falta e penalizado na exata proporção de sua gravidade.
  • visíveis faltas de estrutura;
  • ossatura leve;
  • características sexuais indefiníveis;
  • mordedura em torquês;
  • olhos amarelos;
  • orelhas macias;
  • costelas em barril;
  • cauda em gancho duplo;
  • pernas curtas;
  • pernas tortas ou jarretes de vaca;
  • pêlo ondulado ou curto, longo, macio ou pelagem pendente;
  • indiferença.
FALTAS GRAVES:
  • falta de pigmentação nas bordas dos olhos ou nos lábios.
FALTAS ELIMINATÓRIAS:
  • olhos azuis ou de cores diferentes;
  • prognatismo superior ou inferior;
  • orelhas não eretas;
  • qualquer cor de pelagem não descrita neste padrão;
  • temperamento tímido ou agressivo.
NOTAS:
  • os machos devem apresentar os dois testículos, de aparência normal, bem descidos e acomodados na bolsa escrotal.
  • todo cão que apresentar qualquer sinal de anomalia física ou de comportamento deve ser desqualificado.

Glamurosa, romântica, aristocrática. assim é que os admiradores mais apaixonados descrevem a aparência dos Samoiedas.
Extremamente dócil, muito alegre, atento e cheio de energia - é um excelente cão para companhia.
Uma das características mais cativantes do Samoieda é o seu "sorriso", delineado por lábios levemente curvados para cima, e reforçado por olhos amendoados, bem separados e com expressão viva e amistosa.
A beleza de sua pelagem profusa e quase sempre branca (que pode ser também creme ou "biscoito") em contraste com o nariz e os olhos muito escuros, as orelhas eretas de pontas arredondadas, a cauda charmosamente curvada sobre o dorso e sua movimentação elegante, chamam muito a atenção, fazendo com que um simples passeio com ele se torne uma sucessão de paradas pois as pessoas o querem abraçar, elogiar e fazer perguntas sobre essa montanha sorridente de pêlos.
Seus profundos olhos castanhos estão colocados por detrás de pálpebras pretas de forma amendoada que reduzem o efeito do brilho da neve. Os pés estão desenhados de forma a que os dedos se estendam para fora, como se fossem sapatos (raquetes) de neve, e têm uma quantidade muito densa de pêlo entre as almofadas dos dedos como forma de evitarem a acumulação de gelo. Este pêlo serve também para dar tração nas superfícies geladas e escorregadias. A cauda curva é usada para cobrir o nariz durante o tempo extremamente frio, atuando como um pré-filtro para aquecer e umidificar o ar que inspira. O peito é em forma de "V" pronunciado de maneira a suportar a sua forte musculatura. O esqueleto é muito mais pesado do que seria de se esperar para um cão do seu tamanho, de forma a suportar os músculos que lhe dão a força para rebocar cargas pesadas. Mesmo assim é rápido e ágil.
A docilidade é uma característica fundamental no Samoieda. Os cães que demonstram agressividade gratuita são desqualificados nas exposições, segundo o padrão da CBKC (Confederação Brasileira de Cinofilia), e severamente penalizados pela ACB (Associação Cinológica do Brasil).
O Samoieda é muito apegado ao dono. Os proprietários são unânimes em afirmar que eles amam ser acariciados, as vezes até mesmo colocam a cabeça debaixo da mão das pessoas ou cutucam-nas com a pata pedindo carinho. Gostam de participar ativamente da vida familiar e obter muita atenção. Se tiver que escolher, prefere passar o dia na sala do que no quintal. Não é destruidor por natureza, mas se negligenciado pode fazer "pirraça" destruindo objetos ou sujando a casa de propósito.
Falta de atenção e abandono por parte do dono também podem levar o Samoieda a latir demais. Ruídos, animais, pessoas estranhas e acontecimentos inusitados podem excitá-lo e também fazê-lo latir. Assim como outros cães nórdicos, seu latido é bastante peculiar podendo se tornar um problema se não for controlado desde a infância.
Não há diferenças comportamentais entre machos e fêmeas de Samoieda, apenas características físicas: o macho costuma ser maior e ter juba mais comprida.
Criadores e proprietários são unânimes em afirmar que o Samoieda é bastante sociável e costuma ser muito carinhoso com pessoas estranhas apresentadas pelo dono. Por isso não serve para atuar como cão de guarda.
O Samoieda pode até exagerar na dose de entusiasmo. Se não for ensinado desde a infância a não pular nas pessoas podem incomodar as visitas da casa e até mesmo, sem intenção, machucar crianças e idosos.
A raça, mesmo depois de grande período sem tomar banho, não tem cheiro. Apesar de ter pelagem dupla (pêlo externo e sub-pêlo), está adaptado ao clima brasilleiro. A pelagem do Samoieda concentra a oleosidade próxima à raiz dos pêlos. Por isso, a sujeira não adere. Os criadores não recomendam dar banhos freqüentes, nunca banhos semanais, e nem mesmo para refrescá-lo nos dias de calor. As escovações são muito importantes. Nas épocas de muda (a cada 6 meses) e no caso das fêmeas, após o desmame, é ideal escovar a cada 2 ou 3 dias para eliminar os pêlos mortos. Usa-se uma escova de pinos, passada no sentido oposto ao crescimento dos pêlos. Nos demais meses, basta uma vez por semana, para evitar nós. Os que freqüentam exposições costumam ser escovados diariamente.
O Samoieda tem instinto de caçador e por isso pode perseguir gatos e pássaros se não for acostumado com a presença destes desde pequeno. Porém, se desde filhote forem criados com outros animais aprendem a aceitá-los como parte da família. Já com outros cães, os Samoiedas podem viver bem. Afinal, são originalmente cães de matilha. Mas tendem a disputar a liderança, por isso deve-se evitar colocá-lo junto a outro cão do mesmo sexo com temperamento forte, pois podem brigar.
O dono de um Samoieda precisa tomar cuidado também com o instinto de explorador de território, que pode levá-lo a se distanciar de casa com facilidade. Portanto, recomendam-se passeios apenas com guia, ter muros altos em casa e portões sempre fechados, aliás trancados pois alguns até mesmo aprendem a abrir os portões.
O Samoieda é definido como um cão de média atividade, porém cheio de energia, isto é, se exercita, mas pára rapidamente. Desde que o Samoieda saia para caminhadas diárias, ou possa acompanhar o dono em corridas, por exemplo, é até possível tê-lo num apartamento.
O Samoieda é muito inteligente, e seus proprietários não tem grande dificuldade em ensiná-lo a ir buscar a coleira cada vez que quiser ir à rua passear, nem a sentar-se ou deitar-se quando lhe manda fazer, mas, se por exemplo, lhe atirar uma bola para longe, ao final de duas ou três vezes ele desistirá de lhe trazê-la e até parecerá que lhe perguntar: "Se você quer a bola, porque continua a atirá-la para longe?". Para ser ensinado precisa estar interessado senão desviará a atenção.
Se os cães brasileiros fossem obrigados a competir em provas de trabalho, provavelmente a maioria não passaria no teste. Os problemas mais comuns encontrados em nosso plantel são pernas curtas, tamanho reduzido e olhos redondos. "Acho que a metade do plantel brasileiro está abaixo da altura média" diz Werner Degenhardt. Isso pode ser corrigido somente com a cooperação dos criadores por retirarem de reprodução os cães pequenos e realizar acasalamentos somente entre cães perfeitamente dentro do padrão, mesmo que seja necessário para isso importar novos exemplares. E também por se seguir rigorosamente os critérios na hora da compra do filhote.
O Samoieda pode ser tão feliz quando como cão de trabalho, em plena ação no clima gelado do norte do planeta, quanto como apenas um membro da família deitado na sala.
http://www.samoieda.com.br/










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