terça-feira, 13 de julho de 2010

13 de julho - Dia Mundial do Rock

Em 13 de julho de 1985, Bob Geldof organizou o Live Aid, um show simultâneo em Londres na Inglaterra e na Filadélfia nos Estados Unidos. O objetivo principal era o fim da fome na Etiópia e contou com a presença de artistas como The Who, Status Quo, Led Zeppelin, Dire Straits, Madonna, Queen, Joan Baez, David Bowie, BB King, Mick Jagger, Sting, U2, Paul McCartney, Phil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath.
Foi transimtido ao vivo pela BBC para diversos países e abriu os olhos do mundo para a miséria no continente africano. 20 anos depois, em 2005, Bob Geldof organizou o Live 8 como uma nova edição, com estrutura maior e shows em mais países com o objetivo de pressionar os líderes do G8 para perdoar a dívida externa dos países mais pobres erradicar a miséria do mundo.
Desde então o dia 13 de julho passou a ser conhecido como Dia Mundial do Rock

De onde vem a expressão rock and roll?

A expressão, que literalmente significa "balançar e rolar", fazia parte da gíria dos negros americanos desde as primeiras décadas do século XX, para referir-se ao ato sexual. Assim, ela já aparecia em várias letras de blues e rhythm’n’blues como "Good Rockin’ Tonight" (1947), de Roy Brown - antes de ser adotada como nome do novo estilo musical, que surgiu nos anos 50, com Bill Halley e Elvis Presley, e consistia basicamente na fusão desses ritmos negros com a branquela música country. Esse batismo costuma ser atribuído ao disc-jóquei americano Alan Freed (1922-1965), cujo programa de rádio foi um dos principais responsáveis pela popularização da nova onda, altamente dançante, que logo contagiou toda a juventude do país e do mundo.
Na década de 60, o rótulo foi abreviado para rock, para abranger as mudanças provocadas por artistas como Bob Dylan e Beatles, abrindo um leque de infinitas variações: rock psicodélico, rock progressivo, folk rock, hard rock, heavy metal etc etc. A partir daí, o termo rock’n’roll passou a significar exclusivamente o estilo original, característico da década de 50.
Alan Freed, o primeiro DJ superstar da história, batizou o balanço pop.....\o/

A história:  rock

Do rythm & blues à música eletrônica, o rock passa por várias estações. Em qual delas você vai descer?

Todo interligado como uma rede de metrô que ninguém planejou, o rock 'n' roll cruza estilos e ritmos. Em cada estação, guitarras e baterias contam a história do menino rebelde, mestiço, filho ilegítimo de uma vertente musical afro-americana (rhythm 'n' blues) e um gênero de tradições européias (country). Contraditório desde o início, ele surge num país e numa época marcados pela segregação racial. Seu ponto de partida também é polêmico: há quem defenda Rocket 88, gravado em 1951 por Jackie Brenston; outros prefe­rem Shake, Rattle and Roll, registrado em 1954 pelo negro Big Joe Turner e pelo branco Bill Halley.
O rock talvez seja o mais mutante dos gêneros. Graças a sua capacidade de absorver e recombinar influências, ele segue surpreendendo. O mais legal é transitar pelas vertentes desse submundo, da rebeldia adolescente às melodias eletrônicas.

Conexões
Sucesso garantido nas paradas obrigatórias.

Chuck Berry
Personifica a essência do gênero: compositor, instrumentista, performer e, sobretudo, um tremendo sacana.

Elvis Presley
O primeiro ídolo a cruzar a ponte rock/pop, o ícone-mor, mito e mico, conquistador e traidor, exemplo e caricatura. Parâmetro para medir todos no rock ­e no pop.

Beatles
Mil bandas em uma, template válido para todas as gerações, o DNA mitocondrial. Eles fizeram quase tudo.

Glam Rock
Pop, hard rock, armações e a escada que o gênio David Bowie usou para subir.

Pós-Punk
A coragem e a cara-de-pau do punk levam ao rock novas possibilidades.

Tecnopop
Sintetizadores e seqüenciadores a serviço do pop. Hoje reprocessado com o nome de electro.

Grunge
Outra colisão entre alternativos e pesados, fusão a cargo de Nirvana, Pearl Jam e Alice in Chains: mortos e feridos no caminho.

Thrash
A partir de Killem All, do Metallica (1982), velocidade e volume brutais unem metal e punk.

Rocktrônica
A eletrônica com cara, atitude e sons sampleados.

College Rock
Som dos universitários americanos do começo dos anos 80, com espaço para bandas díspares como Husker Du, R.E.M. e Pixies.

Country Alternativo
Neobaladismo em onda "caubóilírica" que inexplicavelmente bate forte em Londres.

Indie Dance
Confluência hedonista no Reino Unido, com ecos tardios mundo afora nos anos 90.

Todo o trajeto - Conheça uma por uma as linhas do rock.

Country
Bill Halley, Elvis Presley e todos da gravadora Sun, de onde o rock saiu para dominar o mundo, eram fãs do som caipira americano. Associado ao swing e ao boogie, o gênero rural permanece na essência do rock ao longo das décadas.

Rhythm & Blues
Os primeiros rocks se confundem com os blues “para pular” (jump blues) dos anos 40, com elementos das big bands de swing. A soul music e todos os sons negros que também vieram a partir daí estão na alma do rock.

Pop
A indústria de ídolos da música popular americana já existia, mas abraçou o rock com especial paixão. Compositores como Leiber & Stoller e produtores como Phil Spector abriram terreno para fenômenos como os Beatles.

Rock
Entre 1954 e 1969 é possível traçar uma espécie de tronco básico de onde partem todos os ramais para essa viagem. Quase tudo o que veio depois foi definido pelas experimentações desse período de extrema criação.

Folk Rock
A partir de Bob Dylan, a tradição medieval do trovador e as ambições poéticas e autorais se tornaram uma das principais vertentes do rock, ressurgindo ciclicamente no centro das atenções. Principalmente da crítica.

Rock Pesado
A partir do Yardbirds, banda que deu origem ao Led Zeppelin, o barulho segue em nuances hard rock e metal (com as subdivisões e misturas que tornaram esta linha uma das mais populares e inquietas).

Rock Alternativo
O termo é dos anos 90, mas batiza a linha que, baseada em Beatles e Stones, encarna a vocação contestadora do rock. Sai do Velvet e perfaz um trajeto cheio de estações, divisões, curvas e revoluções – entre elas, o punk.

Rock Progressivo
Vindo da psicodelia britânica e do lp Sgt. Peppers, dos Beatles, musicalmente mais elaborado, teve seu auge nos anos 70, mas ainda é influente, apesar das críticas. Rush e as bandas de metal melódico que o digam.

Eletrônico
A partir do Kraftwerk, o front criativo vai rumo à tecnologia. Influenciando o pop e o comportamento, no final dos anos 80, ele se afasta do rock ortodoxo. Em espírito, trabalhos como os de Fatboy Slim fazem desta uma linha não tão estranha ao rock.

Qual é o disco de rock mais vendido de todos os tempos?

Eu apostaría em um empate técnico entre The Wall (1979), do Pink Floyd, e Led Zeppelin IV (1971) do Led Zeppelin,os dois são FODAS, ambos na casa das 40 milhões de cópias. É impossível obter uma resposta mais precisa, porque não existe uma instituição que levante os números de venda de discos em todo o globo. O Guinness, o "livro dos recordes", aponta como álbum mais vendido de todos os tempos Thriller (1982), de Michael Jackson, com vendagem hoje calculada em 47 milhões de cópias. Mas ninguém classificaria esse disco na categoria rock.Na falta de dados globais, as estimativas mundiais vêm de projeções baseadas nos números da Recording Industry Association of America (RIAA), órgão oficial da indústria fonográfica americana. Ela publica informações sobre os Estados Unidos, o maior mercado de todos, representando cerca de 30% do total do planeta. Segundo os números da RIAA, Thriller é superado em sua própria terra, há três anos, pela coletânea Their Greatest Hits: 1971-1975, do grupo Eagles, lançada originalmente em 1976. Esse álbum seria o atual campeão americano, com 28 milhões de cópias vendidas - seguido de Thriller, com 26 milhões, The Wall, 23, e Led Zeppelin IV, 22. Mas, ao contrário de Michael Jackson, o chamado folk rock dos Eagles não reproduz seu sucesso fora dos Estados Unidos - são conhecidos apenas por uma única canção, "Hotel California".Com Eagles (pela pouca vendagem fora da América) e Thriller (por ser um disco pop) fora do páreo, o título de álbum de rock mais vendido da história fatalmente ficaria com uma das duas bandas inglesas, Pink Floyd e Led Zeppelin. Os discos de ambos os grupos continuam vendendo em toda parte, entre as gerações mais novas. Só não dá para garantir quem leva a melhor. A margem americana de apenas 1 milhão entre o quarto álbum do Zeppelin e The Wall é pequena demais, estatisticamente, para garantir a vitória de um deles.

o novo rock

Formado em Nova York no fim dos anos 90, o Strokes é a cara de uma tendência em alta: o novo rock de garagem. São bandas que, assim como fizeram Nirvana e companhia nos anos 90, recuperam aquele espírito meio transgressor e despojado que de tempos em tempos emerge na cena roqueira. Depois de um período de predomínio do pop e da música eletrônica, elas recolocaram as guitarras na ordem do dia. Ao lado do Strokes, o grupo mais bem-sucedido do ramo é o White Stripes, dupla de Detroit que recentemente divulgou seu novo disco no Brasil, numa passagem ruidosa pela Amazônia. Lançado em junho, o CD Get Behind Me Satan entrou direto no terceiro lugar das paradas americanas. O novo rock tem outros expoentes. De tão caipira, o Kings of Leon é uma banda que quase faz "rock de celeiro". Mas seus quatro integrantes, todos da mesma família, saíram do interior americano para tornar-se a banda de abertura de uma turnê do U2. Também novatos, os Killers, de Las Vegas, venderam 2 milhões de cópias de seu álbum de estréia – tanto quanto Mariah Carey obteve com seu último trabalho. A tendência é engrossada ainda pelos americanos Bravery, Interpol e Yeah Yeah Yeahs, pelo escocês Franz Ferdinand e pelo anglo-americano The Kills – que, aliás, também deverá se apresentar em São Paulo, no começo de agosto.
Se há uma diferença entre os roqueiros de garagem atuais e seus congêneres do passado, é que se trata de uma geração que já chega à cena sem ingenuidade. Os artistas primam pela autoconsciência – musical e comercial. Nenhum deles tem a pretensão de reinventar o rock do zero. Pelo contrário: são bandas com evidente apelo retrô, embora muitas prefiram a morte a confessar suas fontes de inspiração
Algumas – as melhores, obviamente – fazem releituras fortes da "tradição". É o caso do White Stripes, que bebe do blues e da música country de maneira excêntrica: os arranjos são minimalistas, despidos de outros instrumentos que não bateria e a guitarra pesada de Jack White. Outros grupos – em especial aqueles que se apegam à herança dos anos 80 – lidam pior com a angústia da influência. O Interpol é cópia escarrada dos ingleses do Joy Division. Entre o Bravery e o Killers, o páreo da falta de originalidade é duro – mas esse último pelo menos tem o mérito de ter feito sua xerox do The Cure antes do concorrente. Não é só na música que se nota a falta de inocência das novas bandas de garagem. Todas têm uma clara noção de como o rock se mistura com a moda, por exemplo. O Franz Ferdinand e o Strokes são casos emblemáticos. Os primeiros sobem ao palco com ternos de corte imaculado, e os segundos são mauricinhos que usam roupas cuidadosamente desarrumadas. Àqueles que por acaso falte o necessário senso de estilo, as gravadoras o providenciam. Como observou o crítico musical Alexis Petridis, do jornal inglês The Guardian, qualquer banda de rock de hoje em dia passa pela mesma preparação de uma boy band – os grupelhos fabricados pelas gravadoras para fisgar as adolescentes. Os artistas contam com consultores de imagem e aprendem a se portar nas entrevistas. Os matutos do Kings of Leon, por exemplo, deixaram para trás recentemente o visual ensebado e passaram a usar calças justíssimas e cabelos escovados. Até editoriais de moda já andaram fazendo. Esse jogo com o marketing é calculado – mas tem seus perigos. É legítimo especular sobre a persistência dessas bandas, talentosas na maioria dos casos, mas que se entregam de boa vontade aos caprichos de uma indústria musical afeita, por sua própria natureza, a buscar uma novidade a cada dez minutos. Grupos como o White Stripes e o The Kills dão mostras de ter fôlego, mas não seria surpresa se o Bravery ou o The Killers sucumbissem na próxima estação. É curioso traçar um paralelo entre o fã do novo rock e o pessoal que cultuava as bandas "descoladas" de períodos como os anos 80. Naquela época, não havia um canal como a MTV nem internet e era complicado importar discos. Por isso, ouvir esse tipo de música exigia garimpagem – os fãs extraíam prazer da sensação de pertencer à "elite" que tinha acesso a esses artistas. Hoje, tudo ficou mais fácil. No fundo, porém, a motivação é a mesma. Uma parcela dos apreciadores dessas bandas, aliás, é de trintões que viveram os anos 80 e encontram nas influências nostálgicas dos novos roqueiros uma forma de resgatar a adolescência perdida. Mas os adolescentes de hoje também buscam nelas o mesmo tipo de consolo: a ilusão de pertencer a um grupo especial de pessoas, que só ouve rock "esclarecido". Nem que seja feito em laboratório.
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3 comentários:

Anônimo disse...

gostei do metrô enlouquecido que descarrila pelas estações das bandas!

Anônimo disse...

adorei tb BEATLES - TEMPLATE VÁLIDO PARA TODAS AS GERAÇÕES

EU KIWI disse...

No Rock progressivo faltou dizer de uma das maiores e melhores bandas sobre: Emerson,lake and Palmer...
Sobre os anos 90 Guns and Roses que até hoje fica marcado como ícone do Punk...
e claro que naopoderia faltar o Ozzy.. o pai do rock...
;)

"Welcome back my friends, to the show that never ends"... (ELP)

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